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Conhecidos os cavalos credenciados para o Freio de Ouro

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A 20ª edição da Exposição-feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó (EFAPI 50 ANOS) foi o espaço ideal para receber as provas classificatórias para o Freio de Ouro 2018. Além da beleza e porte dos animais, os peões demonstraram habilidade, rapidez e domínio da técnica nas provas de mangueira e paleteada. A programação iniciou no sábado e encerrou domingo com a premiação mista de oito cavalos que atingiram as melhores médias pela avaliação dos jurados, Bruno Wagner da Silva, Jaime Bicca de Freitas e João Alberto Cunha da Rocha. A solenidade contou com a presença do prefeito Luciano Buligon, o coordenador da comissão de Agropecuária, Valdir Crestani e outros dirigentes.

Organizado pelo Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos do Oeste Catarinense (NCCCOC, o evento reuniu criadores de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e Paraná. Na categoria fêmea foram classificadas as éguas Prometida de Ibirapuera com média (19,342), Ternura do Boeira Branco (18,285), Ocasión do Tamboré (17,182) e Abre Cancha de Santa Angélica (16,280).

Na categoria macho os classificados foram Re Idalgo (18,035), Jaguar da Ouro Branco (17,605), Data Venia Del Oeste (17,438) e Monte Carlo 549 Da Reconquista (17,028).

As provas são inspiradas na lida do campo evidenciando o trabalho do cavalo com o gado em termos de aptidão vaqueira, equilíbrio, impulsão e coragem destaca Manuela Borges, sócia-proprietária da Cabanha Araucária, de Chapecó. O gosto pelos cavalos é uma tradição familiar e foi herdada do tio, um dos fundadores do Núcleo. “Iniciamos a criação de cavalos em Uruguaiana na fronteira com a Argentina, mas estávamos longe da família e, em 2001, resolvemos mudar para Chapecó onde abrimos a primeira cabanha.”

A ideia gerou resultados e a Araucária já vendeu mais de 500 animais para outros criadores, amadores e interessados em conhecer um pouco e tomar gosto pelo cuidado dos equinos. Com aproximadamente 30 cavalos na cabanha, Manuela afirma que a atividade exige dedicação e destaca a importância em disponibilizar tempo e cuidado com os animais.

Na avaliação técnica, o jurado Bruno Wagner da Silva explica o procedimento das provas e as características. “A mangueira avalia o movimento do cavalo e a submissão do boi, retrata o trabalho dos animais no campo, separando, atacando e pechando. O jurado indica os novilhos a serem apartados para mostrar o desenvolvimento e aptidão do cavalo. Depois com um animal é feita a pechada que é estabilizar o boi na altura da paleta e vencê-lo, mostrando submissão ao cavalo,” explica.

Na paleteada são estabelecidas três raias, uma de 30, uma de 80 e outra de 110 metros. “Nessa modalidade, até os 30 metros a dupla de ginetes precisa capturar o novilho, sair do brete e paletear, ou seja, um de cada lado da paleta, posterior corre até os 80 metros e a partir daí eles precisam vencer o boi até o 110”.

Entre os critérios avaliados estão a aptidão vaqueira, a força e a docilidade. Ele não pode estar reagindo no movimento da cabeça, também pode perder nota a falta de velocidade e se não conseguir conduzir o boi na retomada.” Os organizadores também ficam atentos ao bem-estar dos animais. Ao final de cada prova, os cavalos são examinados para verificar se há algum ferimento.