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Economia da cultura é tema de discussão na EFAPI 2017

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Com 13 representantes da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc), ocorreu nesta segunda-feira (09), a reunião do Colegiado de Cultura, que fez parte das atividades do Seminário de Cultura e Economia, dentro da programação da Exposição-Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó (EFAPI 50 ANOS). Antes de iniciar os trabalhos do dia, a secretária de Cultura de Chapecó Roselaine Barboza Vinhas explicou o propósito do Seminário. “O objetivo é pensar e incentivar o empreendedorismo cultural, tanto para o gestor público, quanto para nosso artista”, enfatizou. A ideia, de acordo com ela, é aproveitar a feira para que a cultura seja entendida também como oportunidade de negócio.

Durante o encontro, os participantes comentaram sobre as ações que estão sendo realizadas nos municípios. Entre os principais assuntos, os Conselhos de Cultura já existentes ou que estão sendo implantados. As bibliotecas municipais, doação e descarte de livros foram outros temas abordados.

A participação no encontro do Conselho dos Gestores Municipais de Cultura de Santa Catarina (Congesc), realizado em setembro, também foi comentada. Roselaine e a assistente em Educação e Cultura da Amosc, Locenir de Moura, expuseram os temas discutidos, como: trabalho em parceria com pastas afins (Educação e Turismo), trabalho com outras áreas (Assistência, Saúde, Agricultura, etc), incentivo à economia da cultura, parcerias com universidades, empresas e entidades e participação da comunidade no processo de construção das políticas públicas.

A secretária de Cultura enfatizou um assunto recorrente no encontro. “É necessário colocar a cultura como qualidade de vida”, pois evita problemas de saúde e segurança pública, por exemplo. “A educação bebe na fonte da cultura. É preciso dar a importância e reconhecimento devidos para a pasta”, finalizou.

CULTURA E TURISMO

Dando continuidade ao Seminário de Cultura e Economia, a consultora do Sebrae/SC Karla Hall deu uma breve palestra sobre economia da cultura no setor público. De acordo com ela, o principal ponto para corrigir a valorização da cultura é provar a relevância, apresentando dados aos gestores e obter recursos financeiros.

Karla informou as possibilidades de recursos, que são por meio de editais públicos, leis federais, estaduais e municipais, financiamento coletivo e doações. Disse que para pensar nos recursos é preciso considerar aspectos como meta, planejamento, profissionalismo, organização, dados, estatísticas, causa/retorno e relacionamento.

Karla ainda apresentou destinos turísticos com foco na cultura e comentou sobre projetos trabalhados pelo Sebrae neste sentido, entre eles: Caminhos da Conquista, de Abelardo Luz; Saberes e Sabores no Vale das Borboletas, de Seara; e o Turismo Ecológico em Passos Maia.

A consultora apresentou o case de Itá, que vivia a realidade da sazonalidade, baixo fluxo, falta de atratividade, poucos equipamentos turísticos, entre outros. Após a realização do Festival de Inverno, mudaram a visão do visitante quanto ao município com um evento de 60 dias que contemplou gastronomia, apresentações culturais e atividades de lazer.

CONSÓRCIO

A última programação do Seminário na segunda-feira foi a exposição do representante do Colegiado de Cultura da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (AMMVI), Gabriel Correia. Ele falou sobre Consórcios Intermunicipais para área da cultura.

Correia relatou sobre sua experiência com colegiados e consórcios, trazendo exemplos de sucesso na sua região. Conforme ele, o Consócio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (CIMVI), que abrange as áreas de turismo, cultura e esportes, contempla hoje 12 dos 14 municípios da AMMVI.

“O que fortaleceu a área foi um vídeo que valorizava os aspectos da cultura”. Explicou que o material foi apresentado aos prefeitos que, muitas vezes, não conheciam as atividades realizadas em seus municípios. A atitude simples trouxe o reconhecimento.

PROGRAMAÇÃO

Os eventos do Seminário de Cultura e Economia seguem no restante da semana. Na quarta-feira (10), às 14 horas, haverá palestra e debate “O Patrimônio Cultural e a Economia da Cultura”, com Vanessa Maria Pereira, diretora de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura. No dia 12 (quinta-feira), às 14 horas, será realizada a Consultoria Coletiva “Direitos e Deveres dos Empreendedores Individuais”, com a consultora do Sebrae/SC Simone Pompermair.

Já no dia 13 (sexta-feira), às 15 horas, haverá a Consultoria Coletiva “Cultura x Negócios – O Empreendedor Cultural”, com a consultora do Sebrae/SC Sílvia Nowalski. No sábado (14), às 14 horas, é novamente a vez da Consultoria Coletiva “Direitos e Deveres dos Empreendedores Individuais”, com a consultora do Sebrae/SC Simone Pompermaier. E no domingo (15), das 10 às 22 horas, o espaço é aberto para dicas sobre economia e cultura.